Será que meu filho tem TOD?
Tenho recebido nos últimos tempos várias queixas de pais, relacionando a desobediência, a não responsabilidade por seus atos e atritos constantes com familiares ou amigos. Estes sintomas relatados, fazem parte das principais características do TOD. Mas afinal o que é TOD?
O Transtorno Opositor Desafiador (TOD), é um transtorno que se caracteriza por comportamentos de desafio, impaciência, indisciplina, raiva, ressentimento. A criança possui grande dificuldade em seguir regras. Isso acontece, especialmente quando estes comportamentos, estão relacionados a figura dos pais e ou de seus professores. Figuras vinculadas a autoridade, que estão bem presentes na infância e na adolescência.
Estes sintomas podem se apresentar em vários ambientes, mas em casa e na sala de aula eles são facilmente observados. Como por exemplo, em suas características principais: ataques de raiva e questionamentos verbais ao lidar com as figuras de autoridade. O transtorno pode trazer várias dificuldades na vida social da criança e da família; como também uma baixa no desempenho escolar.
De acordo com o DSM-V, geralmente o transtorno se inicia na infância. Na fase pré-escolar e raramente após o início da adolescência, sendo mais frequente em meninos, do que em meninas.
Podemos muitas vezes encontrar outros transtornos comportamentais associados ao TOD, como: déficit de atenção / hiperatividade, ansiedade, depressão, entre outros. O critério de avaliação segundo o DSM-V, está baseado em um padrão que é:
- “Frequência de humor raivoso e irritável e de comportamento desafiador ou vingativo”.
Hipóteses para seu desenvolvimento envolvem componentes ambientais e biológicos. Sua origem está relacionada a uma questão multifatorial.
O trabalho multidisciplinar nesse caso é de suma importância. No caso seria necessário, uma avaliação médica para busca de diagnóstico. Em alguns casos o uso da medicação e a busca por terapias individuais e familiares, de preferência na linha da terapia Comportamental Cognitiva. Buscando assim, um manejo nos sintomas, no suporte escolar e no contexto familiar.
Muito importante também no processo de tratamento, é a prática de atividades esportivas.
Dessa forma podemos amenizar a possibilidades de sofrimento e garantir o acesso ao bem estar social do indivíduo.
Rosemeire da Rocha Lima
Psicopedagoga
13719
Comments